Deixa-me ser



Quando o vento me segreda que não voltas
Sei que não mudarei o céu.
Sempre que ele sopra
Quero que me deixes ser.

Quero que não me deixes voltar
Para este mundo onde tudo me desnuda.
Porque esquecer-te é tudo o que quero
E voltar tudo ao que não posso resistir.

Não posso deixar que saibas
Que a tua sedução me fez viver
Que o teu olhar me fez sorrir
Que o teu ser me fez sofrer.

Na noite que cai fria
Sou manto de estrelas
Alinhando-me na confissão serena
De quem prepara o dia
Em que te começo a esquecer.

2 comentários:

mfc disse...

Somos sempre ambivalentes... indecisos... e as nossas memórias traem-nos!

João Roque disse...

O ter e o não ter, o passado e o presente, a recordação e o esquecimento.